A empolgação que cercou a agenda ESG nos anos anteriores deu lugar a uma fase de avaliação mais madura. O greenwashing e outras práticas superficiais deram lugar a uma busca por transparência e ação concreta por parte das empresas. O ano de 2023 trouxe avanços regulatórios significativos no Brasil e globalmente, preparando o terreno para um 2024 repleto de desafios e oportunidades para a sustentabilidade corporativa.
1. Transparência em Foco: Com a criação de padrões globais para divulgações de sustentabilidade pelo ISSB, espera-se um aumento na transparência das informações ESG. O Brasil saiu na frente ao adotar esses padrões, antecipando uma obrigação futura. Especialistas concordam que a qualidade e gestão dos indicadores ESG serão cada vez mais importantes, impulsionando uma necessidade de clareza nos dados divulgados pelas empresas.
2. Cadeias de Valor Sustentáveis: Com a crescente atenção para o rastreamento de atividades em diversas indústrias, a responsabilidade das empresas em relação aos seus fornecedores se torna ainda mais crucial. Investimentos em ferramentas de rastreabilidade e monitoramento são previstos para aumentar, com grandes empresas estruturando linhas de financiamento diferenciadas para fornecedores que adotem práticas sustentáveis.
3. A Ascensão da Agenda ESG nos Bancos: Instituições financeiras estão incorporando a agenda ESG em suas operações, não apenas por razões regulatórias, mas também por vantagens financeiras e reputacionais. No Brasil, espera-se uma retomada da integração de fatores ESG à estratégia de gestão de fundos, impulsionada pelo ambiente macro mais favorável e pela regulamentação da União Europeia.
4. Equilibrando o “S” na Agenda: Enquanto questões ambientais e de governança ganham destaque, a importância dos aspectos sociais não pode ser negligenciada. A diversidade nas empresas e a garantia dos direitos humanos continuam sendo desafios importantes que precisam ser abordados de forma concreta.
5. Biodiversidade em Foco: Com a COP30 se aproximando, a biodiversidade assume um papel central na agenda de sustentabilidade. Temas como bioeconomia, soluções baseadas na natureza e conservação de florestas ganharão mais destaque, especialmente no contexto das discussões globais sobre mudanças climáticas.
O ano de 2024 promete ser um marco na evolução da sustentabilidade corporativa, com um foco renovado na transparência, responsabilidade em cadeias de valor, integração ESG no setor financeiro e um equilíbrio entre os aspectos ambientais, sociais e de governança. À medida que as empresas enfrentam esses desafios, surge a oportunidade de liderar uma transformação significativa em direção a um futuro mais sustentável.
